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Porque vacinar seu filho? Ajude a manter as doenças erradicadas no mundo

Uma das maiores conquistas da saúde pública no mundo é o controle e a erradicação de doenças infecciosas. E isso ocorre através da vacinação, uma das maiores conquistas do século XX. A eliminação da poliomielite, a erradicação da varíola e o controle do sarampo, por exemplo, resulta em uma grande queda da mortalidade infantil. 

Hoje, com o movimento antivacina, o país está começando a sentir as consequências da falta de imunização. Doenças que estavam praticamente extintas, estão começando a causar surtos em algumas localidades, como o sarampo, por exemplo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu recentemente o movimento antivacina em seu relatório sobre os 10 maiores riscos à saúde global. Segundo a OMS, os movimentos antivacina são perigosos porque ameaçam reverter o progresso alcançado no combate a doenças evitáveis por vacinação, como o sarampo e a poliomielite.


seringa
A vacina é uma das maiores conquistas do século XX

Nosso país possui um dos melhores programas públicos de imunização, sendo referência em todo o mundo. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente 19 vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, tanto para recém-nascidos, crianças, adolescentes, adultos e até idosos. 

Para as crianças, é muito importante tomar as vacinas e aumentar a imunidade. Elas fornecem alguns anticorpos que nosso organismo não produz. É importante lembrar que as vacinas são seguras. Desde sua produção, elas passam por processos de qualidade e segurança. Também são validadas e aprovadas por institutos reguladores e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para se ter uma ideia dos benefícios da vacinação, um adulto que tomou todas as vacinas oferecidas pelo programa de vacinação desde a infância, aos 30 anos já está protegido contra as formas mais graves de: tuberculose, poliomielite, tétano, difteria, coqueluche, sarampo, hepatite B, rotavírus, meningite por hemófilos, rubéola, entre outras.

Como a vacina é feita?

A vacina é feita, geralmente, a partir do vírus da doença, morto ou inativado. Ao ser inoculado, o organismo, então, fabrica substâncias para combatê-lo. Dessa forma, quando a pessoa entrar em contato com a doença, ela já terá anticorpos para defendê-la.

Vacina causa autismo?

Um dos motivos que levam os pais a não vacinar seus filhos, é a alegação de que o alumínio encontrado nas vacinas poderia causar autismo. Isso não é verdade, e vamos ver o porquê:

Entre os componentes das vacinas estão o antígeno (partícula que ativa o sistema imunológico) e ingredientes que possuem a função de melhorar sua eficiência ou conservá-la. 

A associação entre vacina e autismo começou em 1998, com um artigo do médico britânico Andrew Wakefield, na renomada revista científica “Lancet”. Neste artigo, o médico afirmava que encontrou uma relação entre o mercúrio usado na vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e o autismo. 

Depois de um tempo, descobriu-se que o artigo era uma farsa. O médico foi responsabilizado criminalmente, teve seu registro médico cassado e o artigo foi retirado dos arquivos da revista onde foi publicado. Além disso, ele foi forçado a revelar publicamente que seu trabalho continha diversos erros. 

A OMS (Organização Mundial da Saúde) relata que a quantidade de alumínio usado nas vacinas é controlada para garantir a segurança da população. A fundação americana Autism Science Foundation (organização sem fins lucrativos que apoia a pesquisa sobre o autismo), afirma categoricamente que não existem evidências científicas que associam o autismo a qualquer tipo de substância presente nas vacinas.


mão com uma seringa
Vacinas são essenciais para manter a população protegida

Estudos atuais

O mais amplo e completo estudo sobre o tema, realizado na Dinamarca, mostrou que não existe qualquer relação entre a vacina tríplice viral (rubéola, caxumba e sarampo) e o autismo. Publicado em março de 2019, no Annals of Internal Medicine, o estudo foi realizado pelo Instituto Serum Statens, que observou a evolução de mais de 650 mil crianças nascidas na Dinamarca entre 1999 e 2010 e as acompanhou até 2013. O líder do estudo, o epidemiologista Anders Hviid, ressalta que os pais não devem deixar de vacinar seus filhos por medo do autismo. (Para saber mais sobre este estudo, clique aqui)

Além deste estudo, outros 17 estudos já foram realizados em 7 países em 3 continentes diferentes, com centenas de milhares de crianças. Todos concluíram que é seguro tomar a vacina, não encontrando nenhuma relação entre o desenvolvimento do autismo e o mercúrio. Em média, estes estudos duram de 10 a 20 anos. 

Conclusão

Depois do registro da vacina, a empresa farmacêutica responsável pela produção dela faz um acompanhamento de relatos de eventos adversos pós vacinas e desenvolvem estudos clínicos após o registro. Com isso, se for necessário, as bulas das vacinas são atualizadas e são incluídos dados sobre a segurança e eficácia das mesmas. Resumindo, as vacinas são seguras e os eventos adversos leves são comuns, como dor no local da aplicação. Eventos mais graves são raros. O maior risco está em não tomar a vacina, podendo prevenir doenças como sarampo, rubéola e outros.

Existem diferenças entre as vacinas públicas e as encontradas na rede privada. Algumas apresentam menos efeitos adversos e também ampliam o seu espectro de ação no particular. Mas, de um modo geral, as públicas conferem uma ótima imunidade também.

Se quiser conhecer mais, sobre as diferenças delas no setor público ou privado, converse com seu médico. 

Acompanhe o Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde clicando aqui.


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