As cólicas ocorrem porque o sistema gastrointestinal ainda está em formação. Em média, elas aparecem até os três ou quatro meses. A cólica pode inclusive afetar o sono do bebê.
Se o bebê já mamou, está bem agasalhado, com a fralda seca, mas mesmo assim, chora em um tom estridente, esse pode ser um sinal de crise de cólica. Normalmente as crises acontecem no final da tarde e fazem o abdome do bebê se contrair.
A cólica é uma sensação nova para o bebê. Para saber se seu bebê está com cólica, verifique os seguintes sintomas: o bebê fica inquieto, com rosto vermelho, faz caretas, se contorce e encolhe as perninhas até a barriguinha. O choro da cólica é estridente.
O que fazer então nessas situações?
Veja algumas dicas:
Massagear a barriguinha do bebê. Quando perceber o desconforto da criança, faça movimentos circulares no sentido horário na barriga. Com as mãos em concha, deslizar uma mão de cada vez pela barriga, a partir da base das costelas em direção ao púbis. A pressão deve ser suave. Também dá para colocar o bebê deitado e dobrar lentamente os joelhos dele até que as coxas pressionem levemente a barriga. Estender então as pernas e recomeçar, como se ele estivesse pedalando. Este movimento pode ser feito várias vezes ao dia e não apenas na hora da dor.
Banho quente. É possível preparar um banho de imersão regulando a temperatura da água entre 36°C e 37°C. Durante o banho deixe o ambiente silencioso ou, se possível, com uma música suave tocando baixinho. Diminua a luz e conserve com o bebê ou cante para ele. Uma atmosfera calma tranquiliza o bebê, e a água na temperatura do corpo proporciona uma sensação próxima a que a criança experimentava no útero. É uma experiência que a faz relaxar, ajudando a acabar com a cólica ou prevenindo-a nos horários em que ela tende a se manifestar.
Fazer uma compressa. Outra dica é passar uma fralda a ferro e colocar ainda morna sobre a barriga do bebê ou usar uma bolsa térmica com água morna. O calor favorece a vasodilatação, facilita o fluxo sanguíneo e relaxa a musculatura, diminuindo o desconforto abdominal. Mas atenção, é importante testar a temperatura do tecido ou da bolsa para não queimar a pele do bebê.
Tentar um contato pele e pele. O bebê consegue expelir os gases mais facilmente quando está deitado de bruços sobre o peito do pai ou da mãe. Se puder, pode aquecer o quarto para que o bebê não sinta frio, e deixá-lo apenas com a fralda. O contato pele com pele é aconchegante, e o cheiro e a voz da mãe ou do pai transmitem calma e segurança.
Enrolar o bebê em um cueiro. Envolver o corpo do bebê como se fosse um pacotinho proporciona uma sensação de aconchego e segurança, o que ajuda a diminuir a irritabilidade e agitação da criança. Outra opção é distrair o bebê com uma caminhada pela casa, segurando-o de bruços, com a barriga apoiada em suas mãos. Esse contato além de aquecer o abdômen, também traz o conforto do toque.
Prevenir os gases. A quantidade de ar que o bebê engole em cada mamada pode provocar gases e agravar a cólica. É fundamental fazer a criança arrotar para expelir o ar engolido durante a amamentação. Para os que não mamam no peito existem mamadeiras especialmente projetadas para evitar a cólica.
Controlar sua alimentação. Vale a pena diminuir o consumo de certos alimentos e observar se isso faz diferença (mas sempre com a orientação do pediatra ou da nutricionista). Procurar ter uma alimentação o mais natural e saudável possível.
Acalmar-se. As cólicas e os choros podem durar horas. Enquanto tenta acabar com o sofrimento do bebê, a mãe muitas vezes fica tensa e nem percebe. Antes de perder o controle da situação, é melhor pedir ajudar e se distanciar um pouco. Alguns minutos de silêncio ajudam a se recompor, e será mais fácil voltar e cuidar do seu filho.
Medicação. A medicação deve vir em último caso, receitada pelo pediatra, e principalmente, somente na hora da cólica. Existem ótimos medicamentos homeopáticos.
(Texto adaptado de várias fontes)
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